<p>O despiste de uma viatura na EN118, que liga Santa Margarida ao Tramagal, este domingo de madrugada, provocou a morte a um empregado bancário, de 27 anos, residente no Tramagal, Abrantes.</p>
Corpo do artigo
Segundo apurou o JN, o acidente terá ocorrido por volta das 3.20 horas no sentido Santa Margarida - Tramagal, perto de uns semáforos que fazem a ligação ao quartel militar, e obrigou ao corte de uma das faixas da via durante mais de uma hora.
O despiste ocorreu numa curva "apertada" na EN118, que surge após uma recta de alguns quilómetros. A viatura onde seguia João Oliveira, um MG descapotável, ter-se-á despistado nessa curva, por causas não reveladas e que estão a ser investigadas pelo Destacamento de Trânsito da GNR de Abrantes.
"O automóvel deu várias piruetas e o condutor foi projectado", explicou ao JN o comandante dos Bombeiros de Constância, frisdando que a vítima "deve ter sido atropelada pela própria viatura".
O jovem, funcionário do banco Milenium, "não apresentava grandes facturas", revelou Adelino Gomes, adiantando que a morte de João ter-se-á ficado a dever "a problemas internos".
João era solteiro e deslocava-se para um bar em Santa Margarida quando se deu o acidente. Vivia com a mãe no Tramagal depois da morte do pai, há quatro anos, e de um irmão há cerca de ano e meio, ambos vítimas de doenças prolongadas.
A EN118 tem sido pródiga em acidentes, a maioria com o registo de vítimas mortais. Segundo o comandante dos Bombeiros de Constância, a curva onde João se despistou "é considerada um ponto negro", dado "o número de acidentes ali ocorridos com mortos".
Adelino Gomes revela que "a curva é muito apertada" e "passa lá um ribeiro". "Fizeram-se várias intervenções na via e ela está em bom estado, mas nunca mexeram na curva", realça o responsável, defendo para o local "uma obra de arte" ou "uma abertura maior da curva", por forma a evitar mais acidentes mortais.