Neste mês de Natal, mais de 15 empresas abraçaram o voluntariado e levaram trabalhadores para ajudar nos armazéns da instituição.
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Todos os anos, o Banco Alimentar do Porto tem maior afluência de voluntários no mês natalício. Mas este ano houve "uma diferença brutal", segundo António Serôdio, adjunto da direção da associação, com a chegada de muitas empresas ao armazém da instituição para praticarem acções solidárias.
"Este ano houve a preocupação solidária de várias empresas praticarem team-building, fazendo voluntariado no nosso armazém", explicou António Serôdio. No total são mais de 15 empresas, cerca de mais 250 pessoas por turnos.
A jovem Mafalda Teles foi uma das voluntárias que, neste mês, esteve no Banco Alimentar do Porto depois da sua empresa dar dois dias aos funcionários para se envolverem nessas ações. Apesar de ter muito interesse em participar em ações de voluntariado, dificilmente consegue, uma vez que trabalha a partir de casa para uma empresa internacional.
"O team-building é uma prática normal entre as empresas internacionais, e que, para a jovem, deviam ser cada vez mais dinamizadas em Portugal", explicou Mafalda Teles, que ficou quatro tardes enquanto voluntária na sede da instituição. E todo este reforço de voluntariado para ajudar na distribuição natalícia do Banco Alimentar do Porto, e também a fazer cabazes, carregados com bens alimentares necessários para a época festiva, este ano mais caros por causa da inflação: "Não recebemos muito azeite ou farinha, por exemplo, e fazemos questão de os entregar nestas alturas", acrescentou António Serôdio.
Faltaram apenas seis toneladas para chegar aos números da campanha de novembro de 2021. A presidente da associação, Bárbara Barros garante que a campanha "bateu recordes", ao atingir o maior número de voluntários envolvidos e a maior presença em superfícies comerciais.
No total, foram 370 toneladas angariadas e estiveram envolvidos cerca de 4500 voluntários espalhados por 326 mercados do Porto.
Atualmente, cerca de 58 mil pessoas são ajudadas no Porto, mas o número deverá crescer e ultrapassar os pedidos de ajuda feitos no ano da pandemia.
"Neste momento ajudamos mais de 300 instituições todos os meses, sem esquecer as 120 que estão em espera", revelou Bárbara Barros.