Parece um museu minimalista. Uma peça aqui, outra ali… Puro engano. Barroso está todo lá. Condensado. Imagens e sons. E à distância de um toque. As novas tecnologias saltam à vista no Ecomuseu do Barroso. Sem chocar.
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À entrada, numa mesa interactiva, o visitante poderá, desde logo, conhecer em três dimensões o concelho e a sede da vila. É uma espécie de Google Earth em versão barrosã, que permitirá visualizar alguns pontos de interesse. Ao final da tarde de anteontem, ao ouvir a explicação do funcionamento da mesa de um técnico, o ministro da Cultura, Pinto Ribeiro, não disse uma palavra. Bateu palmas. Estava impressionado.
Aberta há cerca de um mês, a sede do Ecomuseu do Barroso, em Montalegre, só anteontem foi inaugurada oficialmente. O edifício, junto ao castelo da vila, foi baptizado com o nome do padre Fontes, um tributo da Câmara ao pároco pelo seu trabalho na divulgação do concelho. "Isto é simbólico. É uma homenagem aos barrosões, é mais bonito dizer", comentava o homenageado. Acompanhado pelo director do Ecomuseu, David Teixeira, o presidente da Câmara, o socialista Fernando Rodrigues, guiava o ministro pelas várias salas que compõem o edifício. Depressa. Tão depressa que o governante teve de lhe fazer sinal com a mão para ouvir até ao fim o violinista que tocou na recepção. Na sala dos mais pequenos, o ministro experimentou a parede interactiva. "Viva o Barroso", escreveu.
Além disso, também pôde tocar em ecrãs interactivos onde são exibidas imagens e sons das várias tradições do Barroso, como a matança do porco. E, já no último piso, testou o chão interactivo, onde, com um mexer de pé ou de mão, vão rodando imagens de rostos do Barroso, ou calão local. "É um museu que, através das novas tecnologias, obriga à interactividade do visitante. A informação está toda lá, mas tem que ser a pessoa a solicitá-la", resume um responsável da empresa que concebeu o sistema, a Edigma.