Os credores deram finalmente luz verde à viabilização da Beiralã, empresa têxtil de Seia declarada insolvente em Abril.
Corpo do artigo
A confirmação chegou, anteontem à noite, um dia depois da última Assembleia de Credores, com a divulgação do resultado da votação. De acordo com o despacho da juíza Joana Silva, mais de 71% dos credores presentes na sessão, realizada na quinta-feira, votaram favoravelmente o plano de insolvência apresentado pelo actual administrador da fábrica, Rui Cardoso. Mais de 28% votaram contra, uma percentagem que corresponde à posição conferida à Segurança Social, IAPMEI e à empresa ESTAMO pelos créditos reconhecidos. Já a abstenção do Estado, que reclamava o pagamento de impostos, não foi considerada. "Satisfizemos todas as exigências, pelo que sempre estive confiante que tudo seria resolvido", reagiu Rui Cardoso, que tem agora a responsabilidade de relançar a empresa. O empresário está comprometido, à luz do plano de viabilização, a continuar a actividade com a criação de 150 postos de trabalho, a criar no prazo de um ano. O plano propõe ainda a entrega da secção de fiação da Beiralã a outra empresa, mantendo-se as de tecelagem e tinturaria, e o estabelecimento de parcerias em termos de política comercial e de produto, considerados os sectores mais débeis da fábrica que sucedeu à Fisel em 1997. Cardoso assume igualmente o pagamento das dívidas aos trabalhadores e à Segurança Social, os únicos credores contemplados no processo.