O Bingo do Boavista não irá reabrir no espaço situado na avenida com o mesmo nome, no Porto. A empresa concessionária comunicou essa decisão durante a reunião que manteve, na tarde desta quarta-feira, com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte.
Corpo do artigo
Esse foi o único anúncio saído do encontro, que decorreu por videoconferência e sob mediação do Ministério do Trabalho, através da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho. Segundo Francisco Figueiredo, presidente do sindicato, a Venistiplet - Gamming justificou que a exigência de uma caução de 300 mil euros por parte do senhorio tornaria "o negócio inviável".
O responsável acrescentou que a administração da empresa ainda não decidiu se vai manter-se no negócio. Se vai reabrir a sala de jogo, quando e onde são questões que "ainda estão em discussão", referiu, adiantando que foi agendada nova reunião para o dia 29 deste mês, altura em que a concessionária deverá anunciar a posição final.
Caso desista do negócio, a Venistiplet - Gamming perderá a caução que depositou no âmbito da assinatura do contrato de concessão com o Estado, ao abrigo do qual tem seis meses para reabrir a sala. O prazo acaba a 11 de setembro.
Francisco Figueiredo mantém a expectativa de que o espaço reabra, mas, por outro lado, manifesta "receio de que nada venha a acontecer". Em causa estão os postos de trabalho de 62 pessoas. "O sindicato lutará até ao fim para que estes trabalhadores tenham direito aos seus postos de trabalho", garantiu o dirigente sindical, para concluir que, se a concessionária desistir, o sindicato irá "reclamar do Estado um novo concurso".
Ainda de acordo com o sindicato, a concessionária estaria na disposição de pagar uma renda mensal de 25 mil euros pelo espaço situado na Avenida da Boavista, mas não concordou com uma caução equivalente a 12 meses de renda, ou seja, 300 mil euros, como pedia o senhorio. Entretanto, como não foi assinado o pré-acordo de arrendamento, o proprietário pôs o local à venda. Por esse motivo, o Estado, através do Turismo de Portugal, já retirou os equipamentos de jogo que lhe pertencem.