Os padres da diocese de Leiria-Fátima foram desafiados esta sexta-feira a doar o equivalente a um dia de trabalho à Cáritas Diocesana, para fazer face ao aumento das solicitações que a instituição vai ter por parte das famílias mais carenciadas, e a usarem o telefone para se tornarem próximos dos doentes e solitários nesta época pascal.
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"Não percamos nenhuma ocasião de sermos ministros da consolação do Senhor junto de quem sofre por qualquer motivo. É ocasião para manifestarmos o nosso amor de modo concreto aos mais carenciados. Ouso, por isso, convidar a darmos um contributo, por exemplo, o equivalente a um dia de trabalho, para a Cáritas", apelou o bispo da diocese Leiria-Fátima, D. António Marto, numa mensagem enviada aos sacerdotes diocesanos, tendo em conta a impossibilidade de os reunir na tradicional Missa Crismal que se celebrou na quinta-feira Santa.
Depois do arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, ter convidado os padres da arquidiocese a doarem um mês do seu ordenado para os mais desfavorecidos, é agora a vez do cardeal e bispo de Leiria-Fátima recordar aos sacerdotes que não podem "ficar indiferentes ao que se está a passar na humanidade, ao sofrimento, aos danos pessoais, sociais e materiais que esta crise está a provocar".
"A nossa compaixão de pastores leva-nos à oração e à solidariedade, por obras e palavras, com as vítimas da pandemia e com quantos põem em risco a própria vida para cuidar e curar os doentes ou para salvaguardar a saúde pública e o abastecimento dos bens essenciais à vida de todos. Sejamos pastores compassivos e próximos, imitando Jesus, o nosso Bom Pastor", sublinha D. António Marto.
Na sua mensagem, o purpurado recorda ainda as situações em que, a partir do recolhimento de casa, foi necessário confortar uma família em luto, ou comunicar com idosos doentes, para pedir aos presbíteros, sobretudo nesta fase de confinamento, que reforcem a comunicação, mesmo por telefone, com idosos e doentes e até com outros sacerdotes mais isolados ou enfermos.