A foz do rio Ave, em Vila do Conde, tem a partir deste sábado uma cortina de bolhas que vai ajudar a retirar os resíduos da água. O lixo vai ser depois transformado em carteiras, pranchas de surf ou palmilhas para sapatilhas. O projeto foi distinguido pela Comissão Europeia.
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É uma cortina de bolhas de ar, capaz de empurrar o lixo para uma bacia de contenção e, dali, para o contentor. O que no rio é poluição vai, depois, dar origem a pranchas de surf, carteiras ou palmilhas para sapatilhas. E, porque ali tudo é sustentável, há painéis solares que tornam o sistema autossuficiente. O projeto é pioneiro no mundo e, a partir de amanhã, passa a estar instalado na foz do rio Ave, em Vila do Conde. A Comissão Europeia considerou-o “um exemplo a seguir”.
“É a primeira vez que esta tecnologia vai ser instalada num estuário, mas é realmente onde ela deve estar. A principal via de acesso do lixo ao oceano é o rio”, explicou, ao JN, Luís Vieira, investigador do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR) e gestor nacional do projeto.