Corporação alega que o socorro à população do seu concelho fica em causa. Hospital pede colaboração.
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A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo (AHBVI) acusa o Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, de não libertar macas para os doentes que transporta, obrigando a que as ambulâncias da corporação fiquem retidas, várias horas, à porta da unidade hospitalar. Dessa forma, sublinha Pedro Novo, presidente da associação, os bombeiros ficam "impedidos de prestar socorro a outras pessoas."
Num comunicado divulgado publicamente, o presidente da AHBVI exemplificou um caso que aconteceu na passada quarta-feira, quando a maca de uma das ambulâncias da corporação ilhavense "serviu para levar um doente a fazer raios-X e a receber tratamento (colocar gesso)".
"Todo este tempo de espera leva a que a ambulância, e respetiva tripulação, esteja parada à porta do hospital", adiantou Pedro Novo, para quem a situação "recorrente" está "a colocar em causa o socorro à população, no caso do concelho de Ílhavo". O dirigente explicou, mesmo, que episódios semelhantes já têm obrigado a associação a pedir ajuda a outros corpos de bombeiros.
Contactado pelo JN, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), a que pertence o referido hospital, confirmou que "existem constrangimentos episódicos, devido ao aumento da afluência de doentes neste período". E que, este ano, "esse constrangimento é mais evidente", apesar de, desde domingo, ter havido um "aumento de meios humanos e materiais, para fazer face a esta situação".
"O CHBV conta com as corporações dos bombeiros para fazerem parte da solução", apelou o Conselho de Administração.