A Câmara Municipal de Braga vai abrir um concurso público, por 3,3 milhões de euros, para a empreitada de musealização das ruínas arqueológicas romanas da Ínsula das Carvalheiras.
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A musealização da área arqueológica das Carvalheiras e a criação de um centro de interpretação e área envolvente (acesso e parque), será feita no interior do quarteirão definido pela Rua Cruz de Pedra, Rua do Matadouro e Rua de São Sebastião na União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade.
O projeto - uma parceria entre o Município e a Universidade do Minho - envolve a adequação à visita do conjunto arqueológico. Vai ser votado, esta terça-feira, em reunião de Câmara.
A memória descritiva refere que a obra envolve a construção de uma cobertura, a consolidação e restauro dos vestígios, a reconstrução de elementos arquitetónicos desaparecidos e de muros completamente destruídos.
A sua recuperação como lugar de visita e compreensão do passado romano da cidade é indispensável, e deve ser feito em conjunto com outros lugares da mesma época já visitáveis
A zona arqueológica das Carvalheiras está localizada dentro de um quarteirão do centro histórico, fora da área medieval da cidade. É o único quarteirão romano completo e visível da antiga Bracara Augusta, sendo inegável o seu valor para entender o urbanismo romano na antiga cidade.
"A sua recuperação como lugar de visita e compreensão do passado romano da cidade é indispensável, e deve ser feito em conjunto com outros lugares da mesma época já visitáveis: a Fonte do Ídolo, as Termas Romanas ou o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa", refere a autarquia.
A Câmara acrescenta que o projeto pretende que a Ínsula das Carvalheiras "se converta num ponto de referência para a difusão e o conhecimento do urbanismo romano, ao integrar num só discurso os vestígios arqueológicos e a restituição da espacialidade da época".
A conceção é da autoria de Alejandro Beltran-Caballero e Ricardo Mar, dois arquitetos com reputada experiência na musealização de vestígios romanos.