Autarquia diz que está a apostar na mobilidade acessível a todos fora da zona histórica.
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Bruna Fernandes, com 33 anos, aproveitou a manhã ensolarada de sexta-feira para se passear pelo centro histórico de Braga, com a filha de 15 meses. A jovem diz que "a cidade de Braga é amiga dos peões", com longas ruas pedonais interditas a carros, "mas falta arranjar passeios fora da zona histórica" e até "mais iluminação" que permitam uma caminhada a pé em segurança. A vereadora Olga Pereira frisa que o Município aposta na mobilidade acessível a todos, a começar pela "eliminação de barreiras arquitetónicas" ou substituição de luminárias.
Segundo a responsável, só o centro histórico conta com 150 mil metros quadrados de área pedonal, mas em curso estão projetos que visam "tornar a cidade mais acessível aos peões com ou sem mobilidade condicionada".
Um dos exemplos será o melhoramento dos passeios desde o túnel da Avenida da Liberdade até ao Parque da Ponte. Nessa extensão, onde peões coabitam com trânsito automóvel, Olga Pereira adianta que vai ser reforçada a sinalização nos cruzamentos com as ruas 25 de Abril e Imaculada Conceição e o piso será sobrelevado para "facilitar a pedonalização".
Luminárias substituídas
Na Avenida 31 de Janeiro, outra das artérias mais movimentadas da cidade, o Município já avançou com a substituição de luminárias, instalando postes com quatro metros de altura, "porque a luz estava muito tapada pelas árvores", esclarece Olga Pereira. "À noite até tinha medo de passar lá. Agora já temos luz", constata Elisabete Martins, pedindo medidas para aquela avenida e outras fora do centro histórico.
"Os passeios estão quase todos em mau estado. Já caí e, muitas vezes, estive para cair. Não precisamos de passeios largos, precisamos é que estejam arranjados", refere a mulher de 73 anos.
Bruna Fernandes concorda. "Se quero seguir a pé do centro histórico até ao shopping Braga Parque, tenho que andar com o carrinho de bebé pela estrada, em algumas zonas, porque não há passeios ou não têm condições", exemplifica.
Há, porém, outros moradores que não levantam queixas. "É uma cidade muito amiga dos peões. Vou até Real sem problemas. São 20 minutos a pé", refere Elena Amarandei, ao lado da filha Carolina, com sete anos.
É nas urbanizações da periferia da cidade que estão a ser tomadas mais medidas pelo Município. Nas zonas da Makro, Torre Europa, Quinta das Fontes e Montélios foram criadas áreas que limitam a velocidade a 30 quilómetros por hora.
Em Lamaçães, a ciclovia e passeios da Variante da Encosta foram requalificados, dando mais condições aos peões e aos modos suaves.