A empresa municipal Bragahabit suspendeu as ações de despejo que incidiam sobre pessoas que ocuparam, ilegalmente, apartamentos nos bairros sociais ou que não pagam rendas.
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Alguns apartamentos dos bairros das Enguardas e de Santa Tecla ficam vazios, temporariamente, para alojarem famílias de outros apartamentos que entram em obras, mas, nesse intervalo, são, por vezes, alvo de ocupação "selvagem".
O mesmo procedimento de suspensão foi aplicado aos inquilinos que têm rendas em atraso e não cumprem os planos de regularização acordados: "a Câmara de Braga decidiu que nenhuma ação seria encetada ou prosseguida até ao fim da pandemia", adiantou o admnistrador da Bragahabit, Vítor Esperança.
O gestor acrescentou, que, numa ótica de apoio aos cidadãos, reduziu de 60 para 25 dias, em média, o pagamento de rendas sociais bonificadas, que está a ser feito a 580 pessoas. "Investimos 600 mil euros por ano a ajudar famílias a pagar a renda", frisou.
A Bragahabit tem obras em curso naqueles dois bairros, os quais estão a sofrer atrasos devido à crise sanitária. "As empreitadas continuam mas com equipas reduzidas", explicou Vítor Esperança, adiantando que, por isso, a requalificação nas Enguardas, cuja conclusão estava prevista para abril, só deve estar pronta em julho".
Já a de Santa Tecla, que é feita por fases, com intervenção em 20 apartamentos e consequente realojamento de famílias e, noutros 20, quando a primeira terminada, só deve acabar no final de 2021.
O investimento previsto em Santa Tecla é de 2, 3 milhões de euros, sendo que para o bairro das Enguardas o valor ascende a 1, 75 milhões. Para o bairro do Picoto - obra que ainda não começou - o projeto cifra-se nos 900 mil euros.
Este plano engloba ainda uma série de investimentos no reordenamento do espaço urbano que ascendem a 380 mil de euros nas Enguardas, 450 mil euros em Santa Tecla e 1, 8 milhões na zona envolvente.