A quebra acentuada da produção de castanha no concelho de Bragança, que em alguns soutos ultrapassa aos 80 por cento, levou o município a pedir ao governo "ajudas diretas aos agricultores" para mitigar os prejuízos.
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"As perdas são brutais e justifica-se que o governo tome medidas concretas e objetivas para apoiar os produtores que viram o seu rendimento completamente diminuído, com perdas acima dos 80%, o que é uma machadada enorme na economia local", explicou Hernâni Dias, autarca de Bragança.
O município brigantino aprovou uma moção em reunião de executivo, esta segunda-feira, onde reivindica as ajudas "financeiras diretas aos agricultores ou outras que sejam compatíveis para minimizar as perdas", acrescentou Hernâni Dias, sublinhando que "muitos milhões de euros ficaram por ganhar,
o que se reflete na economia da cidade que vai sofrer muito com estes prejuízos, o que é um revés em termos locais".
A castanha é a principal produção da Terra Fria Transmontana, nomeadamente os concelhos de Bragança e de Vinhais, gerando todos os anos milhões de euros de receitas, sendo muitas vezes um complemento das economias domésticas dos habitantes do concelho.
O preço do quilo da castanha varia entre os 2,5 e os 3,5 euros, um valor superior ao habitual que, segundo os produtores, não chega para compensar a perda da produção das mais acentuadas dos últimos anos.
A seca estará na origem da baixa na produção, porque o ouriço não se desenvolveu, além de ter atrasado a queda do fruto mais de duas semanas.