Bragança: "Precisamos de charcas para regar os castanheiros no Montesinho"
Com 60 hectares de souto plantados, Manuel João já começou a apanha de castanha na freguesia de Parâmio no Parque Natural de Montesinho, em Bragança. "Estamos, agora, a apanhar a castanha de cedo em dois ou três hectares. É mais miúda do que é habitual, porque não choveu. De ano para ano, a falta de humidade tem aumentado, o que prejudica a agricultura", lamenta o produtor. Há vários anos que o agricultor rega os castanheiros. "Só rego alguns, porque tenho muitos e ficaria muito dispendioso regar todos", observa Manuel.
Corpo do artigo
Os intermediários estão a pagar a castanha de castanheiros híbridos, que cai mais cedo, a um euro. "É pouco. Há 30 anos que o preço se mantém e não compensa, pois os custos de produção subiram muito". A castanha das variedades tradicionais, como a longal, judia ou martaínha, está atrasada, mas é a mais apreciada. "Ainda não consigo saber se há muita quantidade nem os preços. Espero que seja um bom ano, porque os últimos foram maus devido ao fungo e ao bichado. Tudo indica que a qualidade este ano é muito boa", descreve o produtor, que, quando abre os ouriços, nota um fruto são.
