Um cachalote "em fase adiantada de decomposição" deu à costa esta quarta-feira na Praia do Pópulo, ilha de São Miguel, nos Açores.
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O capitão do porto de Ponta Delgada e Vila do Porto, Cruz Martins, adiantou que "a autoridade marítima foi alertada por populares para a presença de cachalote, já cadáver, com uma dimensão de cerca de 10 metros, cerca das nove horas" locais (mais uma hora em Lisboa).
Cruz Martins adiantou que o animal "aparentava já estar morto há vários dias", acrescentando que "a Polícia Marítima foi para o local, tendo contactado com os serviços do Ambiente e a Câmara Municipal de Ponta Delgada para a remoção do cachalote".
Uma nota do executivo açoriano divulgada esta quarta-feira à tarde refere que "o Parque Natural de Ilha de São Miguel, em parceria com a Câmara Municipal de Ponta Delgada, procedeu à remoção do cadáver do cachalote fêmea que deu hoje à costa e que foi transportado para local apropriado".
O animal, com um peso superior a sete toneladas, "não apresentava ferimentos exteriores que pudessem indicar a causa de morte".
A Universidade dos Açores realiza hoje "uma necropsia a fim de averiguar se a causa de morte do cachalote terá sido a ingestão de plásticos".
A região tem implementada uma Rede de Arrojamentos de Cetáceos (RACA) que atua nestas situações, coordenada pela Direção Regional dos Assuntos do Mar e operacionalizada pelos Parques Naturais de Ilha, contando com o apoio de vários parceiros locais e ainda com o apoio científico da Universidade dos Açores.
Implementada em 1999, a rede visa "minimizar as possíveis ameaças dos arrojamentos de mamíferos para a segurança e saúde humanas, a dor e o sofrimento de animais arrojados vivos e obter o máximo de benefícios científicos e educacionais de animais arrojados vivos ou mortos".