Câmara da Póvoa leva associação a tribunal por ter travado obra na Praça de Touros
A Câmara da Póvoa de Varzim quer ser ressarcida pelos prejuízos da paragem de quase dois anos na obra da futura Póvoa Arena. Por isso, a Autarquia vai levar a tribunal a Patripove-Associação de Defesa e Consolidação do Património Poveiro, que, em novembro de 2020, interpôs uma providência cautelar e, de recurso em recurso, travou até agora a demolição da Praça de Touros.
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"Iremos recorrer a todas as instâncias para sermos ressarcidos pelos prejuízos causados por esta irresponsabilidade. É um processo que tem que ser avaliado, em função dos dias que a obra esteve parada, do aumento de custo que, entretanto, tivemos. Tudo isso será contabilizado e iremos exigir esse dinheiro que perdemos", afirmou o presidente da Câmara, Aires Pereira.
O autarca diz que a obra, retomada na segunda-feira com a demolição da praça, avançará agora a todo o vapor, a fim de cumprir os 18 meses previstos para a edificação do novo pavilhão multiusos. Por enquanto, Aires Pereira ainda não sabe quanto vai custar a mais a obra, adjudicada em 2020 por nove milhões de euros.
O projeto da Póvoa Arena foi apresentado em junho de 2019. No lugar da Praça de Touros vai nascer um pavilhão multiusos com capacidade para três mil pessoas, sem possibilidade de receber touradas, mas aberto a concertos, espetáculos, feiras, congressos e provas desportivas. A obra tem já 85% do financiamento garantido pelo Fundo de Turismo (verbas da zona de jogo).