BE quer explicações sobre surto de sarna e praga de baratas na Santa Casa da Póvoa de Varzim
Duas dezenas de casos de sarna entre utentes e funcionários, uma praga de baratas e alimentos sem qualidade. Foi este o resultado de uma ação inspetiva à Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim. Agora, o Bloco de Esquerda (BE) quer saber se o Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social vai abrir um inquérito ao caso.
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"Foram detetados cerca de 20 casos de sarna entre utentes e funcionários. Uma ação inspetiva à estrutura residencial de idosos, por parte da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), delegado de saúde e Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) terão detetado outros problemas de insalubridade, praga de baratas e foram encontrados alimentos para a confeção de refeições sem a mínima qualidade", denuncia o requerimento, já entregue na Assembleia da República e assinado pelo deputado José Soeiro.
O BE quer saber se o governo tem conhecimento da situação, se teve acesso ao relatório da inspeção conjunta da ACT, delegação de saúde e ASAE e se será aberto um inquérito ao caso por parte da Segurança Social.
A instituição de utilidade pública, fundada em 1756 e financiada pela Segurança Social, dá apoio a doentes de paramiloidose, tem serviço de apoio domiciliário, centro de dia, medicina física e reabilitação, uma Unidade de Cuidados Continuados e cerca de 120 idosos internados em estruturas residenciais.
O BE diz-se "muito preocupado" com a situação encontrada numa IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) e exige, agora, uma "intervenção urgente" do governo para assegurar os direitos de utentes e trabalhadores.
O JN tentou, sem sucesso, contactar a direção da Santa Casa.