O presidente da Câmara de Amarante, Armindo Abreu, subscreveu esta quarta-feira as suspeitas das autoridades de origem criminosa no fogo que lavra na Serra do Marão mas rejeitou a ideia de que os pastores sejam os principais suspeitos.
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Em declarações à Lusa, o autarca afirmou que os pastores são muitas vezes acusados "sem sentido" por acenderem queimadas para o rejuvenescimento dos pastos, sobretudo em ocasiões em que vários incêndios lavram em diferentes zonas do país.
Armindo Abreu referiu que as autoridades duvidam se o fogo que deflagrou hoje de madrugada na serra do Marão é um reacendimento do incêndio de terça-feira, também no Ramalhoso, ou um novo incêndio, mas lembrou que não há pastoreio na área atingida.
"Pela forma e a hora como as chamas deflagraram e pelo facto de não ser uma zona de pastoreio, deduz-se que há aqui mão criminosa", disse o responsável, que considera o caso "estranho" e pede uma investigação aprofundada.
Armindo Abreu não tem, no entanto, nenhum suspeito em concreto.
Entretanto, fonte da Protecção Civil adiantou que o incêndio de terça-feira está a ser investigado pela Polícia Judiciária, depois de alguns cidadãos terem testemunhado "rebentamentos" no Ramalhoso.
"Várias pessoas ouviram estampidos em vários locais", referiu.