Câmara de Famalicão pede reunião urgente com Governo para salvar externato
A Câmara de Famalicão pediu uma reunião de urgência com o Ministro da Educação, para perceber quais as soluções para os cerca de 180 alunos do Externato Delfim Ferreira, em Riba de Ave, cuja empresa detentora foi declarada insolvente.
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A insolvência foi declarada na semana passada, devido a "gravíssimas dificuldades financeiras", e os pais temem que a escola feche antes do fim do ano letivo. Professores e funcionários têm salários em atraso.
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"A Câmara quer perceber da parte do ministério quais são as propostas e soluções que existem para este conjunto de alunos e suas famílias que sem preverem foram confrontadas com situação de cessação de resposta letiva, o há de ser inédito", adiantou Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão, quando questionado pelos jornalistas na manhã desta segunda-feira.
"Estamos perto do final do período e ver que a escola que pode fechar, imagine se o que acontece aos alunos que estão em fase de avaliação, e em fase de aprendizagem, aqueles que estão a terminar o secundário e querem prosseguir os seus estudos noutros níveis, a mudança de escola é sempre um problema", adiantou o autarca.
Paulo Cunha considera que a "estabilidade" na educação é "relevante", mas o que "está a acontecer ao Externato põe em causa essa estabilidade de forma mais rude".
Mostrando-se disponível para encontrar uma solução, o autarca notou que o conhecimento que tem da situação é "lateral e circunstancial" por ter sido contactado por alguns pais e pelas notícias da comunicação social.
"Há causas para que se tivesse chegado aqui, não temos o dom de adivinhação mas quando há três anos algumas decisões foram tomadas ao nível nacional da governação nacional, previa-se que circunstancias como esta pudessem acontecer", afirmou, referindo-se aos cortes no financiamento às escolas com contratos de associação.