A Câmara de Gaia vai contrair um empréstimo no valor de 39 milhões de euros para investimentos que considera prioritários. A decisão foi aprovada na reunião de executivo desta segunda-feira, com a abstenção dos vereadores do PSD, Cancela Moura e Rui Rocha Pereira.
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De acordo com o presidente, Eduardo Vítor Rodrigues, a maior parte do investimento só terá visibilidade de 2025 em diante, uma vez que diz respeito a obras que vão ainda ser lançadas ou adjudicadas. Entre os projetos previstos está a regeneração da antiga fábrica de madeiras da Feiteira, através da construção de dois blocos de habitação para alojar as duas comunidades ciganas que vivem junto ao nó de Grijó da A1.
A requalificação da Praceta 25 de Abril, a construção do centro de atividades e capacitação para a inclusão de Canidelo, a reconversão e ampliação do Teatro Almeida Sousa (Avintes) ou a construção do pavilhão de S. Félix da Marinha são outros dos projetos previstos e a financiar com este empréstimo.
Não querendo pôr em causa os méritos dos investimentos, os vereadores do PSD abstiveram-se, dando ao executivo socialista o que Cancela Moura classificou como “benefício da dúvida”. Uma das ideias dos sociais-democratas era, perante a não adjudicação da empreitada da ponte D. António Francisco dos Santos, que parte da verba prevista para a travessia fosse usada par “acomodação” de alguns dos projetos. O que levou o presidente a dizer que a ponte “é o alvo de toda a especulação”, mas não pode servir para tudo.
No período aberto à intervenção do público, vários vendedores ambulantes queixaram-se de estarem a ser impedidos de vender junto à beira-rio, com constantes intervenções da Polícia Municipal, e pediram ao presidente que encontrasse uma solução. Eduardo Vítor Rodrigues esclareceu que não podem vender no local por não terem cartão de artesão e que a Câmara está a tentar encontrar “uma razão jurídica” para se definir uma outra área, entre a beira-rio e o Jardim do Morro, em que possam exercer a sua atividade. O problema “está a ser discutido entre juristas na Câmara”, disse o autarca. A solução poderá ser sazonal.