A Câmara do Marco de Canaveses admite encerrar algumas escolas com coberturas de amianto em vez de avançar com obras de substituição de telhados.
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No concelho estão identificados 11 estabelecimentos de ensino com coberturas de fibrocimento. A autarquia ainda chegou a candidatar a realização de obras com fundos comunitários, via Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, mas a pretensão não foi atendida. Assim, a remoção do amianto será feita de acordo com as disponibilidades financeiras da câmara mas, sublinhou a autarca Cristina Vieira, "apenas nas escolas que não corram o risco de encerrar por falta de alunos". As outras vão fechar.
A opção política foi assumida por Cristina Vieira quando, em Assembleia Municipal, foi confrontada pelos presidentes de junta com necessidade de retirada do amianto das escolas. "Não podemos atender apenas aos interesses eleitorais. Não vamos gastar 200 ou 300 mil euros numa escola para ela daqui a dois anos encerrar por falta de alunos. Lamento se vos desiludi, mas esta é a minha responsabilidade enquanto presidente da Câmara", disse.
"Temos de deixar os bairrismos. Vamos ter que tomar decisões de encerrar alguns dos equipamentos escolares. Não podemos ter dois ou três jardins de infância na mesma freguesia com oito ou nove alunos cada um", reforçou.
A autarca reconhece a perigosidade ao amianto "apenas no manuseamento ou quando há placas danificadas e infiltrações". O dinheiro que será poupado com o encerramento de algumas escolas "será empregue no aumento do conforto e de melhores condições de estudo noutras escolas que têm mobiliário com mais de trinta anos" concluiu.