A Câmara de Valongo fechou o exercício de 2022 com um resultado líquido negativo de 2,3 milhões de euros e uma dívida de 29,7 milhões, o que representa um aumento de 4,7 milhões face ao ano anterior.
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A maioria socialista que lidera o Município recorda, porém, que "o resultado antes de depreciações, amortizações e gastos de financiamento é do montante de 9,4 milhões de euros, o que demonstra que os rendimentos decorrentes da atividade desenvolvida pela Autarquia são superiores aos gastos". E justifica a subida da dívida com o "acréscimo da componente relativa aos empréstimos a médio e longo prazo, decorrente dos pedidos de libertação de verbas dos financiamentos da Casa da Democracia Local e de investimentos diversos".
O aumento da dívida contraria uma tendência decrescente que se vinha verificando desde 2013. Aliás, face ao montante verificado no final desse ano, 54 milhões, o valor atual representa uma redução de quase 45%.
O Relatório e Contas da Câmara de Valongo foi aprovado em reunião do Executivo nesta quinta-feira. O presidente da Autarquia, José Manuel Ribeiro, não tem dúvidas: "Valongo é atualmente um Município com boas contas, mais autónomo, mais capaz e com uma situação financeira sólida, o que permite antecipar um futuro ainda mais próspero. Conseguimos manter a capacidade de investimento e dar resposta aos principais anseios da comunidade. É com esta determinação que se caminha para o ano 2023, confiando na estratégia adotada e com a convicção de que a missão confiada a este Executivo nunca fez tanto sentido como agora".
Os documentos demonstram uma taxa de execução da receita de 87,18% (71,4 milhões). No que diz respeito à despesa, atingiu os 98,17% (80,4 milhões). "Quanto ao Plano Plurianual de Investimentos, comparando o montante previsto final de 31,3 milhões com o valor cabimentado de 31,2 milhões, a execução é de 99,69%", acrescenta a Câmara, em comunicado.