Câmara do Porto em contacto com a China para trazer ventiladores para o Hospital de São João
O presidente da Câmara Municipal do Porto afirmou esta sexta-feira à noite estar em contacto com as autoridades chinesas para trazer ventiladores novos para o Hospital São João, no Porto. Estes equipamentos poderão revelar-se essenciais para combater o surto de Covid-19.
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Rui Moreira terá estabelecido a ligação entre a China, mas especificamente a cidade de Shenzhen, através do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau, e o Hospital de São João, no Porto. A unidade hospitalar, segundo o comunicado da autarquia, "já está na posse de todos os dados e especificações e em contacto com a fábrica chinesa". O objetivo será obter mais ventiladores para combater o surto de coronavírus em Portugal.
Esta sexta-feira, o JN noticiou que havia hospitais portugueses a pedir a compra centralizada de ventiladores e outros a tentar comprar diretamente. No mesmo artigo foi relatada a dificuldade de alguns fornecedores europeus em dar resposta aos pedidos em massa destes equipamentos. Um dos cenários mais graves da falta de ventiladores acontece efetivamente na Itália, um dos países mais afetados pela infeção do Covid-19.
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A cidade chinesa de Shenzhen. com a qual a autarquia do Porto estará a estabelecer uma relação mais próxima, é um dos locais com uma fábrica de produção de ventiladores. "A ideia é podermos importar de Shenzhen equipamentos essenciais para acudir aos infetados em situação aguda, como é o caso de ventiladores que são produzidos naquela cidade chinesa e com certificado europeu", disse Rui Moreira, esta sexta-feira à noite.
De acordo com o mesmo comunicado, o produtor desses ventiladores está identificado e disponível para enviar equipamentos para o Hospital de São João, no Porto.
Existem dois tipos de ventilação
Ouvido pelo JN, João Carlos Wink, coordenador do grupo de ventilação não invasiva da Sociedade Europeia Respiratória, referiu que existem dois tipos de ventalição para ajudar doentes com dificuldades respiratórias (um dos sintomas do Covid-19).
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"Há a ventilação invasiva, em que o doente está entubado e sedado, e há também a ventilação não invasiva que passa pelas máscaras, capacetes, sondas nasais, que podem ser usados em fases menos graves", explicou o especialista, adiantando que este tem sido um recurso usado noutros países para libertar os outros ventiladores para os doentes mais críticos.