Mensagem em várias línguas destacam importância do isolamento social. Câmara interdita Marquês e Virtudes.
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As mensagens convidam ao resguardo no lar. Traduzidas em várias línguas, passam num ecrã colocado nos carros da Polícia Municipal do Porto, que circulam pelas ruas da cidade a sensibilizar portuenses e estrangeiros para a importância do isolamento social. Este é apenas uma das medidas da Câmara do Porto para conter a propagação do novo coronavírus.
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O alerta foi replicado online, num vídeo ilustrado com imagens alusivas aos festejos de S. João, aos concertos na Avenida dos Aliados e às atividades desenvolvidas durante todo o ano na cidade. O lema é claro: "Para voltarmos a ser este Porto, fica em casa".
O autarca Rui Moreira também já pediu ao primeiro-ministro, António Costa, que declare estado de emergência nacional. No Porto, nos últimos dois dias, foram várias as medidas implementadas para tentar travar a propagação da infeção com Covid-19. Para delimitar espaços públicos, gastaram-se dois quilómetros e meio de vedações. De acordo com a autarquia, foram interditados os acessos em 30 parques infantis, bem como em algumas zonas onde "existiam focos de resistência ao isolamento voluntário", entre as quais o Marquês e as Virtudes. As esplanadas também foram retiradas.
No que toca a transportes públicos, a entrada e saída dos autocarros passou a realizar-se pela porta traseira. Anularam-se, assim, as validações e a compra de bilhetes no interior dos veículos. Para impedir o acesso dos passageiros ao motorista, em cada autocarro da STCP foi colocada uma fita a interditar a zona onde estão os validadores.
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De modo a evitar o manuseamento dos parcómetros, foi suspenso o controlo do estacionamento pago na via pública. Encerraram-se ainda todos os parques de estacionamento municipais.
Centro de gestão
Para garantir o funcionamento 24 horas por dia do Centro de Gestão Integrada - é ali que se controlam ruas, acessos, semáforos e são acionados os meios necessários para fazer face a ocorrências - a Câmara contou com 40 bombeiros dos Sapadores do Porto, 30 agentes da Polícia Municipal, 13 funcionários da Proteção Civil (seis de piquete rotativo e sete técnicos superiores de prontidão a chamadas) e 35 pessoas por turno a tratar da mobilidade e dos transportes da cidade.