Câmara perdoa taxas de 560 mil euros a empresa

A casa mãe "Gestamp"foi isenta em 500 mil euros e a "Gonvarri", empresa do mesmo grupo em cerca de 60 mil euros. A decisão da "isenção total de taxas" foi aprovada na reunião do Executivo, realizada anteontem, e mereceu o voto da maioria dos vereadores, inclusive dos vereadores do Partido Socialista (PS), na Oposição.

Estava em causa um processo de regularização de loteamentos, que há anos marcava passo, e que impossibilitva a empresa de recorrer a fundos comunitários e à obrigava a dispender desta avultada verba, numa altura em que sector do ramo automóvel passa por uma crise acentuada.

A "Gestamp" terá adiquirido os pavilhões a uma empresa, desconhecendo que o processo de licenciamento das instalações não se encontrava devidamente concluído. A empresa enviou à autarquia um documento informando que, a concretizar-se o pagamento da verba em causa, os cerca de 400 postos de trabalho, que são actualmente garantidos pelo grupo em Nogueira do Cravo, poderiam ficar comprometidos. Perante a decisão, o responsável pela empresa, Vitor Rodrigues, usou o periodo de audição aos munícipes para agradecer à autarquia e comunicar que a empresa garante a sua manutenção por mais uma década no concelho e que irá, no próximo ano, aumentar o número de trabalhadores.

Vitor Rodrigues explicou aindaque a empresa está a iniciar uma série de novos projectos que, na sua totalidade, vão assegurar os posto de trabalho nos próximos anos.

A deliberação e isenção total de taxas tem, agora, que passar pela Assembleia Municipal de Oliveira de Azemeis, onde deverá receber votação favorável dos dois maiores partidos com assento neste orgão autarquico.

Em declarações, ao JN, vereador do PS, Manuel Alberto, lembrou a necessidade da aprovação dos Planos de Pormenor para as zonas industriais para evitar este e outros tipos de problemas.