O Executivo socialista no Marco de Canaveses diz ser alheio à renúncia do vereador Mário Bruno Magalhães, tendo sido “uma decisão de cariz unicamente pessoal".
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O Executivo socialista na autarquia do Marco de Canaveses considera que a renúncia do vereador Mário Bruno Magalhães ao Partido Socialista, revelada na terça-feira pelo JN, é “uma decisão de cariz unicamente pessoal, a qual Cristina Vieira, enquanto Presidente de Câmara, e os seus Vereadores, são alheios, assim como ao percurso político partidário que doravante assumirá”, pode ler-se num comunicado emitido na quarta-feira pela assessoria da Câmara Municipal local.
Tal como o noticiado, a renúncia à militância partidária no PS de Mário Bruno Magalhães é apenas mais um episódio tenso na relação entre o vereador e a presidente da Câmara e que a maioria socialista diz que se fica a dever à “retirada dos pelouros”. Já Bruno Magalhães considera que o mal estar começou quando se assumiu como candidato à presidência da concelhia socialista.
“Numa breve resenha”, assim definido o comunicado camarário, é explicado que a retirada dos pelouros a Mário Bruno Magalhães, em 5 de setembro de 2022, “foi uma decisão ponderada e inevitável face ao comportamento desleal e irresponsável de gestão de processos que [o vereador] acompanhava”.
Quanto à alegada “teatralização” de Cristina Vieira ao exibir na Assembleia Municipal um caixote de processos por despachar para justificar a retirada da confiança política, destacada por Mário Bruno Magalhães, a assessoria da autarca refere que “são apenas um exemplo que coloca em causa a boa gestão da câmara municipal, assim como de munícipes, das empresas e futuros investidores”.
Sobre a alegado comportamento “autoritário e prepotente” de Cristina Vieira, denunciado por Mário Bruno Magalhães na carta de desfiliação que enviou ao presidente do PS Carlos César, o comunicado camarário refere que tais denúncias “são um subterfúgio sem fundamento, numa tentativa desesperada e populista de atrair para si a atenção mediática para a sua promoção pessoal e política, não raras vezes sem a urbanidade que o exercício de funções públicas exige”.
Na carta de desfiliação do PS com destino à sede nacional do PS, Bruno Magalhães assume que no Executivo Municipal do Marco de Canaveses passa a exercer o cargo de vereador “como independente”, para se sentir “mais livre para o debate político”.