Centenas de turistas espanhóis estão a reclamar a devolução do dinheiro, considerando parque em Oeiras uma deceção.
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Prometia-se a "Lapónia em Portugal", neve real, esculturas de gelo, um lago gigante e um mundo mágico, só possível nos mais felizes imaginários de Natal. Mas, três dias depois da inauguração do parque temático Capital do Natal - que seria algo "nunca visto" no nosso país -, em Oeiras, começou uma chuva de queixas, por parte dos visitantes. Espanhóis, na sua maioria.
Até já se exige, na Internet, o encerramento do espaço e há turistas a pedir a devolução do dinheiro. A empresa organizadora diz que está a responder a todas as queixas, "individualmente", mas não adianta se o montante dos bilhetes vai ser devolvido.
"Solos encharcados", "falta de atrações", "pouco espírito natalício" e "filas insuportáveis" são algumas das centenas de queixas que se podem ler nas redes sociais. Anteontem, até foi criado um grupo no Facebook, intitulado "Capital do Natal Estafa [fraude, em português]", "para pessoas que tenham sido roubadas pela Capital do Natal". Esta segunda-feira, ao final do dia, o mesmo já contava com mais de 1900 pessoas. E uma petição online, a apelar ao encerramento do espaço, tinha mais de 2000 assinaturas.
Organizado pela Christmas Fun Park, uma empresa privada, o evento é apoiado pela Câmara de Oeiras. A Autarquia liderada por Isaltino Morais diz que, depois de ter tido conhecimento das reclamações, "já está proceder à averiguação dos factos".
O tema foi notícia, esta segunda-feira, em órgãos de Comunicação Social espanhóis. E várias agências de viagem e municípios do país vizinho começaram a cancelar excursões. Contudo, a organização diz que "a situação não afetou, até ao momento, a venda de bilhetes".
Refere também que "algumas entidades em Espanha, como blogues e agências de viagem, veicularam informação incorreta sobre o evento", o que criou "falsas expectativas a alguns visitantes e afetou negativamente a experiência no parque".
A empresa assume, ainda assim, que detetou falhas, logo no primeiro dia, que "foram corrigidas no dia seguinte" e diz que vai "continuar a melhorar"