Reeleição assegurada no "prolongamento" com mais30 mil votos e um vereador do que há quatro anos.
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Tal como em 2021, Carlos Moedas teve de esperar longas horas para ver confirmada a sua reeleição como presidente da Câmara Municipal de Lisboa, conseguindo uma vitória clara sobre a coligação de Esquerda, liderada por Alexandra Leitão. À hora do fecho desta edição, os números finais da votação não estavam ainda totalmente apurados, mas era já certo que o novo executivo contaria com oito vereadores ao atual presidente, que assim ficou a apenas um da maioria absoluta
Confirmando as sondagens feitas nas semanas anteriores às eleições de ontem, também as projeções à boca das urnas, divulgadas às 20 horas, aconselhavam prudência a ambas as partes e apenas uma certeza: que a noite eleitoral ia ser longa e que a decisão seria disputada "voto a voto". Em linguagem futebolística, dir-se-ia que foi um triunfo conquistado no "prolongamento".
Foto: António Pedro Santos/Lusa
Era já perto das duas da madrugada quando Carlos Moedas fez o seu discurso de vitória, onde agradeceu aos lisboetas e deixou a promessa de "trabalhar 24 horas por dia, com entusiasmo e energia maiores que nunca" para continuar a transformar Lisboa". Enfatizou ainda que os 30 mil votos a mais relativamente a 2021 foram o sinal claro da aprovação dos lisboetas ao seu projeto.
Em ambiente de euforia no hotel onde acompanhou os resultados, Moedas deixou recados à oposição. "Isto exigirá que todos assumam responsabilidades, ponham os interesses de Lisboa acima dos interesses dos partidos, o que não aconteceu no primeiro mandato", enfatizou
Oposição firme
Do outro lado, Alexandra Leitão, que se assumiu como a "única responsável" pela derrota, deixou a certeza de que será uma oposição "rigorosa, firme e pela positiva" e recusou comentar cenários futuros e não respondeu à possibilidade de Moedas procurar um entendimento com o Chega.
Foto: António Pedro Santos/Lusa
Da jornada de ontem ficam outras duas notas importantes: a CDU, que segura o seu eleitorado, conseguindo a reeleição de João Ferreira, crescendo até em número de votos relativamente a 2021 e a não descolagem do Chega, que, ainda assim, conseguiu eleger um vereador e entrar no executivo.
O balanço para Moedas é claramente positivo, pois garante ao PSD (ainda que em coligação) mais quatro anos à frente da maior autarquia do país, prolongando assim um ciclo iniciado em 2021, que pôs fim a 14 de governação socialista consecutiva, primeiro com António Costa e depois com Fernando Medina.