Um casal de turistas com um filho menor foi acordado por vizinhos após a fachada do alojamento local onde estavam ter desabado para a rua, esta quarta-feira de madrugada, em Lisboa. Dormiam os três no último andar do prédio que ficou sem uma parede lateral, onde era a sala do alojamento, e não acordaram com o estrondo.
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Quem acordou, segundo Natália Moura, presidente da Junta de Freguesia de São Vicente, foi uma idosa de 76 anos, que morava no rés do chão do prédio afetado.
A autarca admite a hipótese de negligência na origem do incidente. Ao JN, conta que no local obteve a informação de que existia uma fenda de grandes dimensões no prédio que sofreu a derrocada, causada pelas obras de requalificação de um prédio em ruínas.
"Quem realiza a obra devia ter verificado as condições do prédio ao lado e até fiquei bastante surpreendida quando os trabalhadores da obra chegaram ao local e vi-os bastante admirados com a derrocada, quando afinal até ontem, havia uma brecha significativa no prédio ao lado". A autarquia vai agora apurar as causas da derrocada ocorrida pelas 3 horas de hoje, na rua do Sol à Graça, na freguesia de São Vicente, em Lisboa.
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No prédio afetado moravam 16 pessoas, mas, de acordo com Natália Moura, durante o incidente, apenas dois andares estavam ocupados. No último andar, encontrava-se o casal de turistas e o filho, que foram acordados pelos vizinhos, e no rés do chão estava "uma idosa de 76 anos com a filha e um neto a frequentar o ensino superior em Lisboa. A senhora acordou com o estrondo que destruiu parte da casa. Para estes, a autarquia certamente vai ter que arranjar solução de habitação", adianta a presidente da junta.
A vistoria às fundações e estruturas dos edifícios contíguos ao prédio está a decorrer esta manhã, informou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas. Em declarações aos jornalistas no local, o autarca explicou que a vistoria já está a ser realizada com o empreiteiro responsável pela obra do edifício contíguo à fachada lateral do prédio que ruiu. Segundo o presidente da autarquia, as autoridades vão apurar "se os problemas são estruturais ou superficiais".