Rui Sá, líder do grupo municipal da CDU no Porto, encontra muitos problemas no planeamento da nova linha Rosa da Metro do Porto, ainda em construção, pedindo que o Governo se responsabilize pelos incómodos criados pelas obras e que adiante um prazo exequível para o término dos trabalhos.
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A previsão para a conclusão das obras da linha, que vai ligar a Casa da Música a S. Bento, é julho deste ano, prazo que a CDU acredita ser impossível de cumprir. Tal como o presidente Câmara, Rui Moreira, já repetiu. Para Rui Sá, é obrigatório que a Câmara e a Metro do Porto se entendam, até porque, argumenta, o braço de ferro entre as duas entidades está a aumentar a dimensão do problema.
"Neste momento há uma espécie de corte de relações entre a Metro do Porto e o Município, isso é extremamente negativo para o desenvolvimento de uma obra desta envergadura. Naturalmente, o acionista da empresa Metro do Porto tem que tomar uma posição sobre isto e as medidas adequadas para pôr o metro nos carris e para ver se efetivamente a obra anda com maior velocidade", explicou Rui Sá. O comunista pede ao Governo para "pôr ordem na Metro do Porto".
A CDU lembrou que, além dos inconvenientes causados pela obra no trânsito da cidade, há quem esteja a sofrer diariamente com esta situação, sobretudo moradores e comerciantes. "No meio de tudo isto, quem se lixa é o mexilhão, como nós dizemos no Porto, e quem fica extremamente prejudicado são os moradores. Temos visto os problemas associados ao trânsito que está na cidade, e são aqueles que desenvolvem a sua atividade comercial nas proximidades de frentes de obra do metro que estão extremamente preocupados", alerta Rui Sá.
Além da nova linha do metro, há ainda a questão do metrobus, cujo canal já está implantado mas sem uso, uma vez que os veículos ainda não chegaram. O facto "de não haver um plano B" é inadmissível para o líder do grupo municipal da CDU.