De lenço ao pescoço – amarelo, verde, azul e vermelho –, cerca de 160 escuteiros, do Agrupamento da Areosa, preparam-se dar o grito de abertura do dia de atividades. Esta quarta-feira, celebra-se os 100 anos de escutismo no Porto e, os miúdos e graúdos anseiam pelas ações que irão decorrer durante todo o ano.
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Há cerca de três anos que Maria João Silva é lobita e, para a pequena de oito anos, ser escuteira é a tradução de “ajudar o próximo”. De lenço amarelo ao pescoço e, enquanto se prepara para começar o jogo do dia, na sede dos escuteiros, na Igreja da Areosa, diz que a sua atividade favorita são os acampamentos. Para ela e para a maioria dos seus colegas. “É uma altura em que estamos todos juntos e em que vivemos com intensidade as atividades. Conseguimos mesmo criar laços”, afirma Joana Almeida, pioneira, de 16 anos.
Tal como Maria João e Joana, são cerca de nove mil os escuteiros espalhados por toda a região do Porto, divididos em 122 agrupamentos. Esta quarta-feira, é o dia do Porto celebrar os 100 anos de escutismo, que “significam milhares de boas ações e de crianças e jovens felizes”, garante Bento Sousa Lopes, chefe da região do Porto. Ao longo dos anos, tanto as mentalidades como a relação da sociedade com a igreja católica mudaram. No entanto, Bento Sousa Lopes afirma que, apesar das gerações e dos jovens serem “diferentes”, “a forma é a mesma: os jovens procuram sentir união e nós continuamos a fazê-los crescer”.