Ao fim de 15 anos em contentores, o Centro de Mama do Centro Hospitalar Universitário de S. João, no Porto, tem novas instalações. O investimento de 365 mil euros vai permitir acolher a consulta de cirurgia plástica, que passa a ser feita dentro da unidade, e adaptar as respostas às necessidades das utentes, aumentando o número de consultas e alargando o horário de funcionamento.
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Os profissionais do serviço dispõem agora de mais espaço e melhores condições para trabalhar, o que deverá resultar numa melhoria da qualidade do atendimento. Esta é, pelo menos, a perspetiva do diretor do Centro de Mama. Para José Luís Fougo, mais do que a quantidade, está em causa uma melhoria da qualidade da resposta e do conforto, proporcionado aos profissionais de saúde e utentes.
Em 2022, o Centro de Mama do S. João realizou 14 mil consultas e não tem lista de espera, assegurou o responsável. Ainda que não seja necessário ampliar muito a resposta, as novas instalações, inauguradas ontem pelo ministro da Saúde, são maiores, oferecem mais gabinetes de trabalho, o que permitirá fazer mais consultas e em horários diferentes. "Estamos a trabalhar para abrir de manhã e de tarde e funcionar até às 18 horas", adiantou José Luís Fougo.
490 diagnósticos em 2022
Descerrada a placa, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, destacou que o Centro de Mama do S. João diagnosticou e tratou, em 2022, 490 novos casos de cancro de mama, "o que é impressionante no padrão português, ibérico e até europeu".
A unidade conta com uma equipa de 48 profissionais, das mais diversas áreas, e pode gabar-se de não ter carências de recursos. "Em termos de profissionais médicos não temos dificuldade neste momento", assegurou José Fougo, adiantando que está prevista a contratação de uma enfermeira e uma assistente operacional.
No que respeita à tecnologia, o centro vai ser reforçado com um aparelho para a realização de mamografias. "Vamos ficar com dois mamógrafos", referiu.