O edifício da antiga Fábrica de Papel do Caima, em Oliveira de Azeméis, aguarda a aprovação do Governo para se transformar num centro de formação para o primeiro mestrado português em Cuidados Continuados.
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O projecto é promovido pela Fundação Alegria, uma instituição local de solidariedade social, e conta com o apoio da Universidade de Aveiro, que assim se propõe leccionar, em ambiente real, "o primeiro mestrado em Cuidados Continuados do país".
A afirmação é de Carlos Alegria, presidente da referida fundação, que acrescenta que o seu objectivo é transformar a fábrica numa unidade de cuidados continuados "onde os alunos do mestrado possam aprender essa especialidade em contacto directo com doentes reais, o que é muito diferente de receber formação num quadro de uma sala de aula".
"Em Portugal há uma carência muito grande de formação nesta área", observa esse responsável acrescentando que, "mesmo ao nível de toda a Península Ibérica, só a Universidade de Barcelona é que lecciona um mestrado em Cuidados Continuados".
Caso o projecto venha a receber a devida aprovação por parte da Administração Regional de Saúde do Norte, o funcionamento da nova unidade deverá, por isso, envolver não apenas a Universidade de Aveiro - numa parceria "em moldes a acordar", adianta fonte oficial da instituição - mas também a sua congénere catalã - com a qual se prevê a assinatura de um protocolo de apoio à formação.
Numa fase inicial, o investimento na nova unidade de cuidados continuados será de aproximadamente dois milhões e meio de euros, resultando na criação de 40 camas.
O edifício a recuperar para o efeito situa-se na freguesia de Palmaz, na margem do io Caima, e Carlos Alegria afirma que esse é "um local muito bonito", onde os utentes da nova unidade poderão "passear numa estufa, nadar na piscina, participar em jogos e dedicar-se às artes plásticas", beneficiando sempre "da paisagem natural de uma área de 40 hectares" que está a ser requalificada pelo município.