Cinco pessoas foram desalojadas de duas habitações em Caminha, dois dias antes de uma delas colapsar, devido ao seu adiantado estado de degradação.
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Os três habitantes da casa afetada, entre os quais uma idosa, foram realojados numa unidade residencial do concelho e os vizinhos do lado instalaram-se, por opção, junto de familiares.
A Câmara de Caminha, liderada por Rui Lages (PS), aprovou hoje, em reunião do executivo, a ratificação do despejo administrativo das duas habitações, situadas nos números 176 e 186 da Rua Benemérito Joaquim Rosa, na União de Freguesias de Caminha e Vilarelho. A vereadora da coligação O Concelho em Primeiro (PSD/CDS-PP/Aliança/PPM) Liliana Silva disse, na reunião, que o risco da habitação já era conhecido desde 2016 e que o seu proprietário já vinha alertando há algum tempo para a situação.
“Recebi no dia 9 do presente mês uma informação por parte do coordenador de Proteção Civil Municipal de que [uma habitação] estaria em risco iminente de ruir, de colapso. Nesse mesmo dia tomei uma decisão, fiz um despacho de despejo coercivo, quer das pessoas que habitavam essa moradia, quer de uma moradia confinante com essa. Tomamos essa diligência e no dia 11 houve o colapso e a ruína no dia 11”, declarou Rui Lages hoje, no final da reunião do executivo. A família que habitava no edifício que colapsou foi realojada numa unidade residencial do concelho e a família da casa contígua a essa "preferiu ficar em habitação de familiares diretos”, adiantou.
Segundo Rui Lages, “nenhuma das casas em causa são propriedade da Câmara Municipal”. Contudo, a Autarquia irá intervir na habitação que ruiu, para evitar danos noutras construções. “Precisa de alguma obra para que as casas confinantes não continuem em risco. Vamos ter de fazer uma demolição controlada. Os serviços da Câmara estão a contabilizar o que vai ser a intervenção, sendo certo que é preciso maquinaria de alguma monta, porque o edifício é alto, com difícil acessibilidade e no meio de outros edifícios”, acrescentou o autarca.
“Neste momento ainda continuam em risco as habitações confinantes por isso temos de intervir com rapidez e diligência para acabar com esse perigo”, sublinhou, indicando que a família que habitava o imóvel que colapsou “está a ser acompanhada no âmbito social e referenciada”. “Não sei se tem posses para reabilitar o edifício, mas a Câmara Municipal está a acompanhar o caso”, concluiu.