<p>O aterro sanitário de Codessoso está a provocar maus cheiros que atormentam o dia-a-dia da população local, que tem dias que nem pode sair de casa. Junta de Freguesia lamenta falta de poder para alterar a situação.</p>
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Os habitantes da freguesia de Codessoso, Celorico de Basto, estão a ficar sem paciência para suportar o mau cheiro do aterro sanitário que está instalado na localidade desde 2001. Os moradores, abordados pelo JN, confirmaram que a situação é agora mais grave do que no início do funcionamento do aterro e ilustram o cenário de forma inequívoca. "Tem vindo a piorar muito nos últimos tempos e tem-se tornado insuportável porque é todos os dias", afirmou uma idosa sentada à soleira da porta de casa, local onde passa a maior parte do dia.
Dias há em que, garante, "é um cheiro que até dá vómitos. Tem-se de fechar as portas e mesmo assim o fedor passa para dentro das casas". Em Codessoso, as pessoas não querem dar a cara para denunciar a situação, mas lá vão lamentando o facto de terem o aterro à porta de casa. "Há dias que só se sai de casa com a mão no nariz", contou outro habitante. A situação agrava-se nos dias de maior em que humidade e nevoeiro.
Outra das queixas dos moradores prende-se com a não utilização, por parte dos responsáveis do aterro, de um produto que amenize o mau cheiro. "Dizem que têm lá um produto qualquer para não haver mau cheiro, mas esse produto deve ser caro porque raramente o utilizam", lamentam.
Aliás, em Codessoso diz-se que esse produto contra o mau cheiro é apenas utilizado quando o aterro é visitado por crianças das escolas e infantários da região.
Manuel Pinheiro, presidente da Junta de Freguesia, confirmou as queixas da população mas assume que "não há volta a dar", uma vez que o aterro está a funcionar há oito anos e tem uma vida útil de, pelo menos, mais quatro. "Quando alguém reclama a REBAT coloca uma máquina que atenua o cheiro mas não há mais nada a fazer", afirmou, resignado. O autarca já mandou ofícios à Câmara e ao Ministério do Ambiente mas a resposta recebida confirma a legalidade do aterro .
O JN tentou sem sucesso contactar o administrador executivo da REBAT, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, S.A..