A Câmara de Coimbra lançou concurso público para alargar o sistema de videovigilância. Os 38 novos equipamentos, mais do dobro dos que existem atualmente, custarão cerca de 400 mil euros. A intenção é que ajudem a tornar a Baixa e o Parque Verde do Mondego mais seguros.
Corpo do artigo
Atualmente estão instaladas em Coimbra 17 câmaras. Mas, em breve, serão instaladas mais 38, anunciou a autarquia, dando nota de que o concurso público, no valor de 398 mil euro (mais IVA), já foi lançado e terá um prazo de execução de 60 dias.
Tal como o JN havia avançado há meses, a intenção é reforçar a segurança de pessoas e bens. Segundo disse na altura o presidente da Câmara, José Manuel Silva, na Baixa da cidade “existem problemas de vandalismo, como pichagens nos edifícios históricos, e de criminalidade”, o que “justifica aumentar a videovigilância que existe atualmente e que é claramente insuficiente”. A colocação dos equipamentos é vista como uma “forma tranquila de dissuasão do crime e vandalismo”.
Segundo a autarquia, os locais de instalação “visam as áreas de maior criminalidade, de acordo com os dados estatísticos do Comando Metropolitano de Coimbra da PSP”. Incidem, maioritariamente, na Baixa da cidade, na área entre a rua da Sofia e o rio Mondego, abrangendo, nomeadamente, as imediações da praça 8 de maio e da praça do Comércio. Fica abrangida “toda a área do projeto @Baixa Coimbra, financiado em 1,2 milhões de euros pelo PRR no âmbito dos Bairros Comerciais Digitais”, especifica a autarquia.
Processo longo
Para além disso, serão colocadas três câmaras no Parque Verde e duas na margem oposta do rio, junto à ponte Pedro e Inês, que também tem sofrido atos de vandalismo. Desta forma, os locais vão ser monitorizados em tempo real pelo Comando Distrital da PSP, que tem nas suas instalações o sistema de gravação e controlo.
Em comunicado, o edil realça que o processo que agora culmina foi “longo”. Exigiu "um grande esforço e empenho” da autarquia e articulação de diversas entidades. Mas vai “finalmente avançar”, o que “será um passo fundamental para a segurança da zona urbana de Coimbra”, congratulou-se.
Segundo a autarquia, ao fim de cerca de dois anos de diligências, o Ministério da Administração Interna deu a sua aprovação no início deste ano, após parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados. Mais recentemente foi, também, obtido parecer favorável da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.