Está extinto o incêndio no petroleiro "Greta K" sem derrame de combustível para o mar. A embarcação, que estava a cerca de 10 quilómetros da costa esta manhã, deverá chegar ao início da tarde desta quinta-feira ao Porto de Leixões, em Matosinhos. A manobra deverá prolongar-se por três horas. Só falta "a ordem" para lhe dar início.
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O petroleiro "Greta K" está, aos poucos, a aproximar-se da costa para que, mal seja dada autorização, possa dar entrada no Porto de Leixões. A manobra será feita com tripulantes da embarcação maltesa e com rebocadores portuários, explicou esta manhã aos jornalistas o comandante da capitania do porto do Douro, Silva Rocha, garantindo que o fogo que deflagrou esta terça-feira está extinto e não houve qualquer derrame de combustível.
"Já foram tomadas medidas e decisões [do Estado] para permitir a entrada do navio no Porto de Leixões, perante as condições de mau tempo que se avizinham. Neste momento, está a deslocar-se para bordo do navio uma embarcação do Porto de Leixões com tripulantes do "Greta K" preparados para iniciar a manobra, mal haja e estejam preenchidos os requisitos legais", clarificou o comandante, referindo-se à "autorização do armador [o proprietário do navio]", que estará "para breve". A operação poderá demorar cerca de três horas.
Foi, entretanto, aberto um inquérito sobre o incidente, que ocorreu quando a embarcação estava ao largo da Foz do Douro, no Porto. Alguns dos 19 tripulantes já foram ouvidos e o processo "irá prosseguir".
"Em contrarrelógio"
Uma das opções que esteve em cima da mesa, nota Silva Rocha, foi a da embarcação "ficar lá fora", à distância, sempre com um reboque, deixando passar o mau tempo e só depois se tomava a decisão de o petroleiro dar entrada no Porto de Leixões ou de Sines, que podem aceitar o combustível que transporta. No entanto, "para evitar qualquer perigo ambiental ou problema que possa haver no reboque - que deixaria o navio à deriva, com capacidade limitada de o segurar -, preferimos entrar o mais rapidamente possível e depois analisar as questões de descarga" de combustível, clarificou, dando nota de que os trabalhos decorrem em "contrarrelógio".
Ainda não está, contudo, decidido como será feita a trasfega de petróleo. Até porque, de acordo com o comandante, "o que preocupa é a condição e integridade da plataforma". Por isso, a prioridade "é dar entrada [no Porto de Leixões] com o navio, atracar com segurança e depois passar, então, à fase seguinte".
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"A partir do meio da tarde teremos já uma altura significativa [de ondas] para a operação do navio, e portanto esta fase exige alguma rapidez. Estando a decisão tomada e garantidas as condições de segurança, será mais rápido", acrescenta Silva Rocha.
Estava também prevista para esta manhã a entrada de uma equipa na casa das máquinas, que não se realizou precisamente por causa do mau tempo: "A verificação técnica foi feita através de equipamentos eletrónicos à distância, instalados na fragata".