<p>Estão concluídas as buscas na praia Maria Luísa, em Albufeira, no Algarve. Está confirmada a morte de cinco pessoas e as autoridades admitem retomar os trabalhos caso se perceba que há mais alguém desaparecido. Praia mantém-se aberta até domingo, altura em que será demolida a parte da arriba que não caiu. <strong>Envie as suas fotos e vídeos para <a href="mailto:jn.online@jn.pt">jn.online@jn.pt</a></strong> </p>
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Aas buscas foram terminadas porque "toda a área onde caíram os desprendimentos da arriba foi batida e não deve haver mais vítimas no local", disse Marques Pereira, que comanda as operações. Segundo o responsável, a hipótese de a maré ter levado um corpo "foi acautelada" porque "foi feito balizamento no mar com redes".
A área onde ocorreu a derrocada, de acordo com o comandante Marques Pereira, vai ficar interdita até domingo, altura em que será demolida a parte da arriba que não caiu. A zona balnear vai continuar aberta.
O balanço final do acidente, de acordo com o comandante distrital de operações de socorro de Faro, Vaz Pinto, é de cinco mortos, dois feridos ligeiros e um grave. Os mortos, segundo Vaz Pinto, são de nacionalidade portuguesa e as autoridades concentram-se agora na sua identificação por familiares.
As vítimas são: um homem de 60 anos, que faleceu a caminho do hospital, uma mulher de 38 anos que estava em estado crítico no Hospital de Faro e mais três mulheres que estavam soterradas, duas delas com menos de 25 anos e outra na casa dos 50, segundo fonte do Inem.
Entre as cinco vítimas mortais, precisou o comandante da Protecção Civil de Faro, Vaz Pinto, encontrava-se um homem que morreu no transporte para a ambulância devido a um problema cardíaco, um mulher que faleceu no hospital, para onde foi transportada gravemente ferida, e três corpos do sexo feminino resgatados debaixo dos escombros da arriba.
O responsável do INEM do Algarve, Richard Glied, garantiu que as vítimas que ficaram soterradas "não tinham hipótese de sobrevivência", mesmo que tivessem sido assistidas com todos os meios logo após o acidente.
Richard Glied deu assim a entender que estas três vítimas, todas mulheres, morreram devido aos ferimentos provocados pela derrocada.
No hospital de Faro, está um homem de 24 anos, não 35 anos como inicialmente havia sido avançado, que foi operado a uma das pernas, mas não corre risco de vida. Há ainda mais dois feridos ligeiros.
No segundo briefing, desde o acidente, o comandante das operações (CDOS), Vaz Pinto, admitiu que "há alguma dificuldade devido à maré".
"Um dos doentes graves que foi para Faro, uma senhora, também morreu", elevando para duas as vítimas mortais até ao momento", reconheceu o director regional do INEM, Richard Glied.
O comandante Vaz Pinto já havia admitido que os corpos estavam num local "em que as condições de sobrevivência são reduzidas", e onde se encontravam desde que caiu a arriba às 11:50.
A informação que o JN avançou anteriormente, de que, segundo um relato no local , logo nos primeiros minutos após a derrocada, um cidadão espanhol foi resgatado com vida de entre as rochas da falésia que se soltaram, não veio a confirmar-se.
Perigo na falésia
O presidente da Câmara de Albufeira, Desidério Jorge Silva, garantiu que no local existia um sinal, bastante visível, a alertar para o perigo da falésia.
Máquinas retroescavadoras e equipamentos pesados estão a auxiliar nas buscas e na contenção das arribas, disse à Lusa o comandante Marques Pereira, da Capitania de Faro.
"Estão no terreno elementos da protecção civil, da Autoridade Marítima, dos Bombeiros, do INEM" a dar apoio aos feridos e a avaliar toda a situação.
No local estão seis ambulâncias, duas VMER e uma viatura de intervenção em catástrofes.
De acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o Presidente da República está no local do acidente bem como o secretário de Estado da Protecção Civil, o presidente da Câmara Municipal de Albufeira e o Comandante de Operacional Distrital de Socorro de Faro.
A derrocada gerou algum pânico, uma vez que o incidente aconteceu às 11h50 quando a praia está habitualmente com muita gente.
Virgílio Rodrigues, que estava na praia, contou à Agência Lusa que uma parte da falésia desabou e que as rochas se estendem até ao mar. Na sequência do acidente, "há pessoas soterradas que estão a ser retiradas por elementos do INEM".
A praia Maria Luísa situa-se entre Olhos de Água e Santa Eulália.
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*Com Agência Lusa