A menina de 3 anos que foi atacada, na quarta-feira, por um cão de raça rottweiler, em Pontével, no concelho do Cartaxo, foi operada por uma equipa pediátrica e de cirurgia plástica do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte e encontra-se "estável", revelou ao JN fonte hospitalar.
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Após a intervenção cirúrgica, a criança ficou internada na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, onde ficará a recuperar "nos próximos tempos". Atacada "na face e no couro cabeludo" pelo cão de raça perigosa que pertence a um vizinho, a menina ficou ainda com "lesões mais superficiais no corpo", apurou o JN.
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O presidente da Junta de Freguesia de Pontével, Jorge Lúcio, contou que terá sido no momento em que o pai da menina abriu o portão da garagem e a filha correu na direção dele que o rottweiler atacou a criança, que ficou em "estado grave". A mãe, de 36 anos, foi a primeira a socorrê-la, pelo que também ficou com ferimentos ligeiros.
A Cruz Vermelha (CV) revelou ao JN que a progenitora ficou com um "traumatismo num membro superior", pelo que foi transportada de ambulância com a filha para o Hospital Distrital de Santarém, de onde já teve alta. A criança sofreu "traumatismos a nível da face".
Jorge Lúcio confirmou ao JN que a menina fez a viagem na companhia do pai, enfermeiro de profissão, tal como a mãe. "São pessoas muito queridas aqui. Têm mais uma criança, com um ano", afirmou. Quanto ao cão, o autarca desconhece quem é o proprietário, uma vez que o incidente se verificou numa nova urbanização de vivendas, nos arredores da vila.
"A GNR assegurou as condições de segurança necessárias" para que os dois socorristas da CVP da Delegação de Aveiras de Cima pudessem prestar assistência às vítimas. O rottweiler foi recolhido pela Associação de Proteção aos Animais Abandonados do Cartaxo, que gere o canil municipal, apurou o JN junto da GNR de Santarém.
Não foi possível saber se o cão de raça perigosa tinha chip, vacina antirrábica, seguro, registo criminal e licença da Junta de Freguesia. Contudo, não usava açaimo, nem trela, como também determina a lei. O incidente foi comunicado pela GNR ao Ministério Público por ofensas à integridade física. Além do processo penal, o dono pode ainda ser alvo de um processo cível.