Se era "com dificuldade" que se passava pela Rua das Mimosas desde que a calçada foi levantada, em maio de 2022, agora é impossível percorrer o arruamento de Alvarelhos, na Trofa, já que a derrocada do muro de uma habitação, no final do ano, deixou a artéria intransitável. De carro e a pé.
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Um mês após o incidente, o enorme amontoado de pedras continua a obrigar os moradores a "dar uma volta grande" para fazer percursos curtos. "Temos de ir ao Porto para chegar à Trofa", ironiza Otília Silva, que mora na Rua das Mimosas há um quarto de século e nota que o estado da via "piorou".
"É complicado. Ninguém tem culpa do que aconteceu, mas não podemos estar aqui presos toda a vida", atalha José Lopes, que divide a casa e a vida com Otília. "Por estes dias tive de ir ao Porto. Chamei o táxi e ele teve de ir dar a volta, porque não se aventura a passar pela rua estreita para chegar aqui", conta o morador.
Eduardo Bogas expôs a situação na Assembleia de Freguesia, questionando a Junta sobre as obras de alargamento da via interrompidas no ano passado, após ser levantado o piso da rua, e sobre a derrocada, ocorrida a 28 de dezembro, deixando pedras à porta de uma habitação. "Antes, ainda se conseguia passar, embora com dificuldade, mas agora nem isso. A rua está mesmo intransitável", lamenta o morador de Alvarelhos.
Negociação em curso
Questionado pelo JN, o presidente da Junta, Lino Maia, esclareceu que o proprietário da habitação a que pertence o muro que ruiu "já acionou o seguro", para que os blocos de pedra sejam removidos. Sendo uma via pública, o autarca comunicou o sucedido ao Município. "Pedi logo para a Câmara atuar e resolver o mais rápido possível", afirma.
Lino Maia garante ainda estar empenhado em desbloquear a obra de alargamento da Rua das Mimosas, que está pendente devido à negociação de um muro com um proprietário. "Estou a negociar, e está tudo encaminhado para que cheguemos a bom porto", diz.
O JN pediu esclarecimentos à Câmara, que não respondeu em tempo útil.