<p>A Câmara de Ponte de Sor vai ajudar os trabalhadores da Delphi a partir de Janeiro, através de um "projecto que ajuda famílias carenciadas em situação de desemprego", disse ao JN o chefe do gabinete da presidência.</p>
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O programa conta com o apoio da Cruz Vermelha Portuguesa e da Conferência Vicentina e passa pela ajuda financeira a estas famílias relativamente ao pagamento da renda de casa, electricidade, produtos alimentares e medicamentos.
Nuno Jorge, chefe de gabinete da presidência da autarquia de Ponte Sor explicou, ainda, que o programa deverá manter-se até que as pessoas comecem a receber subsídio de desemprego.
O anúncio surge numa altura em que a autarquia está em negociações com uma outra empresa multinacional, cujo nome ainda não foi revelado, mas que poderá voltar a empregar cerca de 60 a 70 dos 430 que sairão da Delphi no final de Dezembro.
A informação foi avançada anteontem pelo presidente da Câmara, Taveira Pinto. "As instalações onde se encontra a Delphi estão a ser negociadas com outra empresa multinacional e, aos poucos, lentamente, tenho a esperança que esta situação vá sendo resolvida e que uma grande fatia de trabalhadores possa ser integrada", disse.
No entanto, o autarca não especificou que tipo de empresa poderá vir a instalar-se naquele espaço. Nuno Jorge explicou ao JN, que esta solução poderá vir a integrar alguns dos trabalhadores da Delphi, de forma a "minimizar ao máximo o impacto pelo fecho da empresa". "Não resolve tudo, mas já não é mau", sustentou.
Como anteriormente noticiado, os trabalhadores irão receber uma indemnização, já acordada em 2008, no valor de 2,3 salários por cada ano de trabalho.
A Delphi está sediada em Ponte de Sor há 29 anos, sendo a maior empresa do distrito de Portalegre, empregando 2,5% da população do concelho.