A velocidade excessiva terá estado na origem do despiste que ceifou a vida a André Filipe Duarte Santos, de 26 anos e Ricardo Malheiro, de 41, ao início da madrugada de domingo, na Avenida Marechal Spínola, em Lisboa.
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Visnu Samgui, de 36 anos, era o terceiro elemento, que, ao que o JN apurou, viajaria no reduzido espaço atrás dos dois bancos, ficou encarcerado nos destroços, mas acabou por sobreviver, embora com ferimentos graves.
Os três amigos trabalhavam no armazém que abastece as lojas francas do aeroporto de Lisboa. Dali teriam saído ao final da tarde, combinando jantar em Chelas para assistirem juntos ao S. Braga-F.C. Porto pela televisão.
Terá sido depois do jantar, quando, provavelmente regressavam a casa, que o pequeno Smart, conduzido por André Santos se despistou e embateu num pórtico de sinalização. A violência do choque era visível pelas marcas deixadas no local e pela destruição do automóvel em que o grupo seguia.
Sportinguistas ferrenhos
André e Ricardo eram adeptos ferrenhos do Sporting. O primeiro já tinha, aliás, bilhete para o dérbi de hoje com o Benfica. Miguel Garcia era o amigo que deveria ir com ele a Alvalade. Tal como os restantes, mal conseguia descrever o choque pelo sucedido. "Era um ótimo rapaz". limitava-se a dizer, lembrando o seu companheiro habitual nos jogos do Sporting.
"Estou chocado. Ele era uma pessoa sensacional, um amigo de todas as horas, estava sempre bem disposto e ajudava toda a gente", contou ao JN Vasco Cabral, amigo, que, ontem à tarde, fez questão de apoiar a família da vítima.
Junto aos destroços do Smart, o pai de André, Luís Santos, estava inconsolável. Acabara de perder o único filho e não encontrava palavras para descrever a tragédia. O acidente deixou também os colegas de trabalho transtornados. "Eram bons companheiros, sempre bem dispostos e trabalhadores", garantiram.