O segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Cabo Ruivo morreu, ontem, domingo, após o despiste do carro em que seguia, na A1, próximo do nó da Mealhada. Outros cinco bombeiros ficaram feridos, quatro com gravidade.
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Duas viaturas com cerca de uma dúzia de bombeiros de Cabo Ruivo regressavam do combate a um incêndio em Fafe, onde estiveram desde quarta-feira. Por volta das 16 horas, ao quilómetro 210 da auto-estrada do Norte (A1), no sentido Norte-Sul, o carro que seguia à frente (um veículo pesado dos bombeiros) despistou-se. Ao que o JN conseguiu apurar, um pneu do lado direito da viatura terá rebentado, levando-o a cair numa vala.
O segundo comandante da corporação teve morte imediata. Os restantes ocupantes da viatura ficaram gravemente feridos. Quatro dos sinistrados foram transportados para os Hospitais da Universidade de Coimbra e um quinto para o Hospital dos Covões. O caso mais grave, um bombeiro transportado no helicóptero do INEM, apresentava um traumatismo crânio encefálico e um traumatismo torácico, mas não corre perigo de vida. O carro em que seguiam os seis bombeiros ficou todo destruído, tendo-se dividido em duas partes.
O grupo tinha sido rendido na véspera e estava a regressar a Lisboa. "Depois de uma semana violenta em combate a incêndios aconteceu este trágico acidente", lamenta o comandante da Autoridade Nacional da Protecção Civil de Aveiro, António Machado. Conta ainda que os bombeiros tinham dormido bem e tinham parado para almoçar, pelo que o cansaço não deve ter afectado a viagem.
Os feridos estiveram a ser estabilizados no local, tendo sido posteriormente transportados para o hospital. Na A1 estiveram sete ambulâncias, três equipas médicas e um helicóptero do INEM. Estiveram ainda os bombeiros de Oliveira do Bairro e Albergaria-a-Velha.
A circulação esteve interrompida, no sentido Norte-Sul, durante cerca de duas horas, tendo sido retomada às 18.30 horas. A concentração de populares na zona dificultou as operações, com a GNR a ter várias vezes de chamar a atenção dos "curiosos" e a expulsar várias pessoas.
Entre os Bombeiros de Cabo Ruivo presentes no local do acidente, o ambiente era de tristeza mas também de cooperação nas operações de salvamento. Os bombeiros que os haviam rendido em Fafe tiveram de ser sujeitos a acompanhamento psicológico.