<p>Residentes no norte do país, nomeadamente Vila do Conde, Maia e Barcelos, os trabalhadores vinham passar o fim de semana a suas casas. Desde o início do ano já morreram cinco pessoas na estrada na área de Vouzela.</p>
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Uma carrinha que transportava sete operários portugueses que trabalham na construção civil em Málaga, Espanha, despistou-se esta madrugada, cerca das 3,10 horas, na A25, junto a Vouzela.
Dois ocupantes foram projectados para a faixa de rodagem e tiveram morte imediata. Os outros cinco ficaram feridos, um deles com gravidade.
Residentes no norte do país, nomeadamente Vila do Conde, Maia e Barcelos, os trabalhadores vinham passar o fim de semana a suas casas.
O despiste do veículo, uma carrinha Ford de nove lugares que circulava no sentido Viseu/Aveiro, ocorreu ao quilómetro 51,8 da A25, num momento em que, segundo uma fonte da Brigada de Trânsito da GNR de Viseu, caía uma chuva miudinha, havia algum nevoeiro e o piso estava escorregadio.
“O condutor perdeu o controlo do veículo em cima de uma curva, ligeiramente inclinada para a direita, num momento em que chovia. Depois capotou várias vezes, ao longo de mais de 60 metros, até se imobilizar junto à barreira da estrada”, explicou ao Jornal de Notícias Paulo Teixeira, 2º comandante dos Bombeiros Voluntários de Vouzela.
A mesma fonte acrescentou que dois dos sete ocupantes foram projectados numa distância superior a 30 metros. “Um deles, foi parar junto ao separador central da autoestrada”.
Paulo Teixeira lembra que este ano, apenas na área de Vouzela da A25, já morreram cinco pessoas. “Ao quilómetro 51,8, este foi o primeiro acidente com vítimas. Creio que o cansaço, após uma viagem de muitas horas, a par das condições climatéricas, poderão explicar o que aconteceu”, concluiu.
As vítimas mortais foram transportadas para o Instituto de Medicina Legal de Viseu. Os restantes operários, a meio da manhã, já tinham recebido alta. “Apenas um se encontra hospitalizado com prognóstico mais reservado”, disse Luís Viegas, relações públicas do Hospital de S. Teotónio.
O JN tentou falar com responsáveis pela empresa de construção civil, que acorreram solidários ao Hospital de Viseu, mas os mesmos manifestaram-se indisponíveis para prestar declarações.