Alguns concessionários recusaram abrir até 13 de setembro. Na Póvoa é apenas uma praia. Em Vila do Conde, quase todas a sul do rio Ave.
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Nove praias de Vila do Conde e uma da Póvoa de Varzim estão, desde segunda-feira, sem vigilância. O anúncio "em cima da hora" do prolongamento da época balnear apanhou de surpresa os concessionários. Alguns recusaram-se a abrir e por isso dez praias deixaram de ser qualificadas como praias de banhos.
Foi no dia 26 de agosto, ao final da tarde, que a Agência Portuguesa do Ambiente decidiu prolongar, a norte, a época balnear até 13 de setembro. A quatro dias do fim do prazo inicialmente estabelecido, muitos concessionários tinham já tudo pronto para fechar as portas a 30 de agosto. Reclamaram: muitos custos, pouco retorno. As duas autarquias disponibilizaram-se para pagar os nadadores-salvadores. Ainda assim, com a vida já programada, sem funcionários contratados e até com férias marcadas, houve quem não quisesse abrir.
Sem a obrigatória assistência a banhistas, as praias de Santo André (Póvoa de Varzim) e Mar e Sol, Olinda, Árvore, Mindelo, Laderça, Congreira, Terra Nova, Vila Chã e Pucinho (Vila do Conde) deixaram de estar qualificadas como praias de banhos. No norte há, agora, 86 praias vigiadas.
"Como as regras mudaram a quatro dias do fim da época balnear, não se podia obrigar os concessionários a abrir. Não era esse o compromisso inicial", afirmou, ao JN, o comandante da capitania da Póvoa e de Vila do Conde, Marques Coelho.
A fim de prevenir acidentes, explicou ainda, foi reforçada a vigilância motorizada nas praias a sul, onde, entre Árvore e o Pucinho, há agora quase quatro quilómetros de areal sem concessão (exceção para o praia do Pinhal dos Elétricos).