Diretor da Câmara de Braga sai após suspeita de falsificação de convites para a Falperra
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, anunciou, hoje, a saída do seu diretor de Comunicação, Ricardo Gomes, que foi apontado publicamente pelo líder do PSD local, João Granja, de ser responsável pelo aparecimento de bilhetes falsos na última Rampa da Falperra.
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Falando no final da reunião do Executivo, e respondendo às críticas da vereadora do PS, Sílvia Sousa, que exigia a saída do diretor, o autarca disse que Ricardo Gomes regressa aos quadros da empresa municipal InvestBraga, a que pertence, por sua iniciativa, e para não prejudicar a imagem do Município: “é um assunto do foro pessoal, que não envolve a Autarquia, mas, mesmo assim, entendi aceitar a sua renúncia ao cargo”, disse.
Acrescentou que o visado já interpôs processos-crimes por difamação a dirigentes do CAM-Clube Automóvel do Minho, o organizador da prova automobilística, mas também ao dirigente do PSD que abordou o caso num programa da Rádio Universitária do Minho.
Na reunião desta segunda-feira, autarca socialista Sílvia Sousa havia dito, ainda, que “as suspeitas são muito graves”, defendendo ser “urgente e incontornável” que a Câmara apure tudo o que se passou, mas afastando o diretor de funções, até esclarecimento cabal da situação". A esta crítica, Ricardo Rio respondeu que a Câmara não suspende colaboradores por “alegadas suspeitas, que decorrem da sua vida privada e que não estão provadas”.
O JN não conseguiu contactar o ex-diretor de Comunicação, mas este confirmou hoje à Lusa que fez várias queixas-crime por se sentir difamado.
Ao que o JN apurou, durante a prova, que decorreu de 17 a 19 de maio, foram detetados convites falsos para a zona VIP da Rampa, pelo que a organização pediu à GNR que tomasse conta do caso. A Guarda terá detetado outras falsificações, uma delas na mão de uma cidadã da Póvoa de Lanhoso, tendo os portadores dito, alegadamente, que fora Ricardo Gomes – que também é piloto de automóveis e participou na Rampa - que lhas entregou. E que seriam fotocópias. Ricardo Gomes nega a acusação, dizendo que, a existirem bilhetes falsos, eles teriam vindo da própria organização. O caso está a ser investigado pela GNR.