O presidente da Câmara do Porto disse na segunda-feira que "a dívida bancária de médio e longo prazo" do município até agosto era de "91,8 milhões de euros", menos 8,2 milhões face a igual período de 2013.
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Rui Moreira, que falava na Assembleia Municipal sobre a situação financeira do município, sublinhou também que se mantém a "inexistência de dívidas bancárias de médio e longo prazo nas quatro empresas municipais".
O autarca salientou também que, até agosto, a receita cobrada cresceu 7,3 milhões de euros face ao período homólogo do ano passado, tendo-se situado nos 144,6 milhões.
Tal "comportamento positivo" deveu-se às receitas fiscais, nomeadamente de impostos como o IMT (mais 7,7 milhões) e o IMI (mais dois milhões).
"O prazo médio de pagamento a fornecedores, reportado a junho de 2014, é de três dias, inferior em 15 dias ao verificado em junho de 2013", destacou também Rui Moreira.
As forças políticas ignoraram estas informações financeiras, mas Artur Ribeiro, da CDU, aproveitou para falar de outras questões e começou pela "minicrise política" no executivo chefiado por Rui Moreira.
Em pleno verão surgiram notícias de problemas entre Rui Moreira e o vereador militante do CDS-PP Sampaio Pimentel, tendo como epicentro as salas de chuto que o gabinete de Rui Moreira admitiu criar no âmbito de um programa de combate à toxicodependência e declarações do novo diretor artístico do Teatro Rivoli.
Sampaio Pimental disse que as salas eram "o grau zero da dignidade humana" e o líder distrital do seu partido, Álvaro Castello-Branco, acusou de "arrogância" e "ignorância" o recém-nomeado diretor artístico do Teatro Rivoli, Tiago Guedes, por este ter criticado a gestão anterior daquela sala de espetáculos.
Chegou a ser noticiado que Rui Moreira tencionava retirar a Sampaio Pimental os pelouros respetivos, que são o da Fiscalização e o da Proteção Civil. Tal, porém, não aconteceu e o autarca independente comunicou que sanou com o vereador as divergências.
Artur Ribeiro pretendia abordar essa situação na Assembleia Municipal, mas o presidente deste órgão, Miguel Pereira Leite, interrompeu-o, por considerar que o deputado devia cingir-se às questões financeiras - que Rui Moreira focou, muito embora o mesmo ponto previsse também informação sobre a "atividade do município".