Do anúncio feliz das creches gratuitas à "desilusão": "É uma injustiça sem sentido"
Pais de Laura, que frequenta a única creche existente no concelho, defendem a revisão da lei.
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A primeira reação de Duarte Baptista e da mulher, Luísa Caeiro, ao anúncio do programa Creche Feliz, que estipula a gratuitidade desta valência, foi de “grande satisfação”, pelo alívio que representaria o fim dessa despesa no orçamento familiar. Mas depois veio a “desilusão” e a “revolta” do casal, residente em Valhascos, freguesia do concelho do Sardoal, ao perceber que, pelo facto de a filha Laura, a mais nova dos três irmãos, frequentar uma creche municipal, não pode beneficiar da medida.
“É uma grande injustiça, uma discriminação sem sentido”, desabafa Duarte Baptista, frisando que a creche da Câmara do Sardoal é a única existente no concelho. “Não temos alternativa. A solução seria recorrer a Abrantes, mas fica a mais de 10 quilómetros, podia não ter vaga e ia prejudicar muito a organização da vida familiar”, alega o pai, que não consegue perceber esta “diferença de tratamento”.