O PCP vai interpelar o Governo sobre o caso de uma doente de Alzheimer encontrada morta, junto a um viaduto da A5, depois de ter tido alta no Hospital de Cascais. Francisca Fernandes, de 66 anos, foi encontrada sem vida, depois de ter tido alta.
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Em comunicado, a comissão concelhia de Cascais do PCP sublinha que pretende o "total esclarecimento dos factos ocorridos e o apuramento de todas as responsabilidades políticas".
Francisca Fernandes, de 66 anos, estava desaparecida desde sexta-feira à noite. De acordo com a TVI24, tinha ido a uma consulta no Hospital de Cascais, mas acabou por seguir para as urgências depois de se ter sentido mal.
Devido aos condicionamentos impostos pela covid-19, o marido não a pôde acompanhar. No sábado, sem notícias, este entrou em contacto com o hospital e foi informado de que a mulher já teria tido alta.
A doente acabaria por ser encontrada sem vida na manhã desta terça-feira, junto ao primeiro viaduto da A5, no sentido Cascais-Lisboa.
A família acusa o hospital de lhe ter dado alta sem aviso. A unidade hospitalar assegura que "cumpriu todos os protocolos estabelecidos para o efeito".
Para os comunistas, esta situação "constitui um preocupante sinal de má gestão existente naquela unidade de saúde". Trata-se de uma parceria público-privada, cuja gestão está entregue ao grupo Lusíadas Saúde.
O PCP assegura ter recebido "diversas queixas", de utentes e profissionais de saúde, "sobre a enorme pressão exercida para que os pacientes tenham alta médica, mesmo quando ainda não estão completamente restabelecidos das suas enfermidades".