Hospital de S. João inicia telemonitorização em doentes graves das enfermarias. Tecnologia deteta complicações, agiliza transferências para cuidados intensivos e reduz trabalho.
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Margarida passou os últimos quatro meses internada no Hospital de S. João, no Porto, os primeiros três nos cuidados intensivos e o último na enfermaria de cirurgia geral. É uma doente grave com elevado risco de complicação, mas já não tem critérios para estar no nível máximo de cuidados. Ainda assim, todos sabem que o seu estado de saúde pode agravar a qualquer momento e, por isso, está sob vigilância permanente graças a um protocolo pioneiro de telemonitorização em tempo real implementado no serviço.
Doente hepática, recentemente sujeita a remoção de parte do fígado, Margarida tem uns dispositivos colados no peito e um relógio digital que lhe medem a frequência cardíaca, a frequência respiratória, a saturação do oxigénio, a temperatura e a tensão arterial. Se houver alterações, o computador emite um alarme e, se necessário, a doente sobe de imediato para o serviço que deixou há um mês.