
Dois helicópteros bombardeiros pesados Kamov estão a ajudar no combate a um incêndio florestal em Braga. Com duas frentes activas, superiores a dois quilómetros, as chamas ameaçam as povoações de Morreira e Esporões. Veja o vídeo.
Corpo do artigo
Um segundo helicóptero bombardeiro Kamov juntou-se ao combate e está a tentar evitar que as chamas atravessem a estrada nacional 101, Braga-Guimarães, na zona de Esporões. A circulação mantém-se aberta mas é feita com precaução.
O Grupo de Reforço para Combate a Incêndios Florestais (GRIF) de Aveiro foi accionado para reforçar o combate ao incêndio que ameaça as freguesias de Esporões e de Morreira, no concelho de Braga.
Continuam casas e quintas ameaçadas. A população está na rua a combater as chamas com tractores e pequenas mangueiras dos interiores das casas.
Maria Beatriz da Silva, habitante de Esporões, em 83 anos de vida diz que nunca viu um fogo assim. "Só quero que o fogo não chegue ao silvado aqui em frente", diz, enquanto se amarra à fé.
"Resta-me rezar e esperar que Deus ajude os homens da terra e matem estas chamas do inferno", disse em jeito de prece, até porque, o pai que ali viveu 70 anos, mantinha os campos limpos. "Morreram os velhinhos e não ficou ninguém a tomar conta disto".
"Agora é tudo cheio de silvas e abandonado. É por isso que as coisas acontecem. Ninguém quer saber da floresta", explicou ao JN enquanto voltava às rezas.
No terreno, devidos por duas frentes, estão quase 100 homens no combate às chamas, num total de 28 veículos e dois meios aéreos.
O incêndio reduziu parcialmente a cinzas, durante a noite, várias zonas das freguesias de Trandeiras e Morreira. Vinhas, campos agrícolas e alguns pequenos celeiros foram destruídos.
Braga acordou, esta manhã, envolta num espesso manto de fumo, fruto dos vários incêndios em torno da cidade. Este incêndio, que teve inicio durante a madrugada, arde em eucalipto. As chamas, empurradas pelo vento, não dão tréguas aos bombeiros.
